Um dia li no facebook! Racismo na UFC, como não nego fogo pedi para ser 
adicionada. Fui a uma reunião, no CRESS (Conselho Nacional de Serviço 
Social), praça da Gentilândia, Benfica. Lá Conheci Lucas Aquino a vítima
 do racismo ufcenese. Tudo bem, muitas falas, muitas indignações, 
representantes de várias entidades todas insatisfeitas com o caso. Até 
cogitamos uma campanha que tomou corpo em outra reunião e se denominou: 
Não Mexe Comigo que Eu Não Ando Só: mexeu com um mexeu com todos. Muito 
bonito, bravo e agressivo. Todos unidos! Entrei nesta, mesmo sabendo que
 o resultado seria a morte da campanha em poucos meses, mas não devemos 
desistir e ir até o fim e ver no que daria. 
E foram reuniões, organização de campanha cujo lema foi supracitado. 
Como parte da campanha "organizamos" uma mesa de debates que se 
intitulou: I Mesa de debate contra o racismo na UFC. Estiveram como 
palestrantes pessoas de gabaritadas como: Zelma Madeira (UECE/CEPPI), 
Cezário Correia (AGU), Pedro Cubas (FATE) e Diltino Ferreira (UECE - 
Mestre), Depois uma reunião proveitosa com o Vice-reitor para assuntos 
estudantis e depois com o Vice-reitor (ambos da UFC) . Sim!!! E então? 
Resolveu o que? Quando nos encontramos novamente, cadê o Fórum de negros
 e negras em combate ao racismo na UFC? Ah! graças a Deus e começaram a 
atividades no ano de 2016, no segundo semestre.
O Fórum morreu, por alguns meses, acabou em sua forma física como acaba o fogo de palha do povo brasileiro. Permaneceu por alguns meses um espaço para postagens de informações racistas e antirracistas e vários likes. As postagens muitas delas são feitas por serem feitas, quase nenhuma reflexão, apenas com visualizações e muitas curtidas. Mas não é de curtidas que vive o antirracismo. Ele vive de ação. Agimos da mesma forma que com os políticos, votamos e deixamos o resto para eles resolverem quando eleitos. Assim, quando eleitos fazem o que querem e não o que deve ser feito.
O Fórum morreu, por alguns meses, acabou em sua forma física como acaba o fogo de palha do povo brasileiro. Permaneceu por alguns meses um espaço para postagens de informações racistas e antirracistas e vários likes. As postagens muitas delas são feitas por serem feitas, quase nenhuma reflexão, apenas com visualizações e muitas curtidas. Mas não é de curtidas que vive o antirracismo. Ele vive de ação. Agimos da mesma forma que com os políticos, votamos e deixamos o resto para eles resolverem quando eleitos. Assim, quando eleitos fazem o que querem e não o que deve ser feito.
Experimentei, experimentei sabendo do resultado, mas precisava constatar
 as minha suspeitas de que ninguém iria se pronunciar ou ficaria 
esperando alguém se pronunciar. Se pronunciaram, mas não apareceram. Ah!
 Sim! As atividades ou compromissos repentinos. E ninguém se 
pronunciou.  Fui á reitoria e comuniquei o fato. Solicitei que duas 
pessoa se disponibilizassem em qualquer horário para ir na Reitoria, 
poucas curtiram e visualizaram. Nenhuma disse que iria, o dia que 
poderia e o horário. Eu fui objetiva, dizendo que só iria se duas 
pessoas se disponibilizassem. Nada! Agora eu pergunto, que luta 
antirracista é esta? Como podemos nos autorizar a criticar os racistas? E
 Lucas quantos estão com ele depois da mesa de debates e da reunião no 
Reitoria? Estamos aguardando o que? O Reitor fazer a campanha por nós ou
 acontecer outro caso de racismo para acender a nossa chama 
antirracista?
Agora e a hora da ironia:
Com esta demonstração prática antirracista do imobilismo diante dos casos de racismo o que fazemos? Nos indignamos a cada caso que estoura no Brasil!. Fervorosamente criticamos os racista e postamos vídeos antirracistas como se estas postagens fossem resolver o racismo camaleônico, doméstico e cirúrgico (Carlos Moore) e crime perfeito (Kabengele Munanga) brasileiro. A postura do Fórum se enquadra nas premissas Carlosmoorianas e kabengelemunangiana. O racismo é muito forte e imobiliza até os que têm boavontade, mas ele ainda esmurece e tira as forças para a continuidade na luta e as pessoa são levadas por ele sem perceberem. A nossa atitude está inclusa nas duas premissas supracitadas
Na postagem Reaja ou será morto, tratando do caso da senhora que não 
quer negros morando no mesmo prédio que ela. 1.331 pessoas foram 
alcançada. As página do Fórum tem muitos membros. Se duas pessoas não se
 dispuseram ir à Reitoria verificar se as sugestões apontadas pelo 
fórum, no ofício entregue na reunião com a Reitoria no dia 20 de 
novembro de 2015, não reagem, seremos mortos sim! Por que não temos 
coragem de enfrentar as coisas e queremos reações imediatas. Coitados de
 Zumbi dos Palmares, Preto Cosme, Luiza Mahiam, Dandara, Akotirene, João
 Cândido, os  mártires da Conjuração Baiana, negros componentes da 
Frente Negra Brasileira, Teatro Experimental do Negro, Associação dos 
Homens de Cor dentre outros se vissem a imobilidade dos jovens negros 
universitários, componentes de um Fórum de negros e negras em combate ao
 racismo, sem coragem de se disponibilizar a ir numa Reitoria para ver o
 resultado de uma sugestão do próprio grupo!
É por isto que dezenas de jovens negros estão sendo executados no Brasil, por esta razão que está crescente o racismo nas universidades e cresce mais ainda a ousadia do racista em se manifestarem nas rede sociais. Como brasileiros, brasileiras conhecem a reação dos brasileiros, não seria diferente com os negros e negras também brasileiras. Os ataques racistas são desconsiderados, exceto se acontecer com celebridade!
É por isto que dezenas de jovens negros estão sendo executados no Brasil, por esta razão que está crescente o racismo nas universidades e cresce mais ainda a ousadia do racista em se manifestarem nas rede sociais. Como brasileiros, brasileiras conhecem a reação dos brasileiros, não seria diferente com os negros e negras também brasileiras. Os ataques racistas são desconsiderados, exceto se acontecer com celebridade!
Um dia postaram no Fórum um vídeo que aborda a meritrocracia, onde duas 
pessoas negras são barradas pelas armadilhas da sociedade racista 
brasileira. Aí, eu pergunto. Nós negros agimos da mesma forma com os 
nossos irmão negros? O excluímos quando ele não compartilha de nossas 
ideias. Ah! somos democráticos é por isto! E quando estes mesmos 
intelectuais negros(as), não colaboram com o irmão negro(a), e quando 
querem os holofotes para eles/elas mesmos(as), sendo os porta-vozes dos 
outros negros(as). Quando querem se auto divulgarem postando os livros e
 artigos publicados, as palestras ministradas, as viagens para 
congressos internacionais. facebook os artigos que publicamos, os livros
 que escrevem. São estes mesmos intelectuais que ignoram os seus irmãos 
negros. E com esta atitude eurocêntrica dos(as) afro-brasileiro(as), ou 
afrodescendentes, ou afro-oportunistasos, eufro-descendente que o 
racismo brasileiro se alimenta.
Ah! O racismo de Fernando Pessoa. Somos expert em escrever textos e 
apontar o racismo dos outros, mas não temos a capacidade de analisarmos a
 postura, nossa de abandono e ignorância de muitos dos nossos irmãos, 
por que muitos deles divergem de nossos pontos de vistas e também por 
que muitos intelectuais negros(as) elegem quem eles querem que esteja em
 determinado lugar que eles, os intelectuais, entendem que seja lugar de
 poder.
Ah! Interessante é a postura do militante, antirracista e anti-negro 
fazem uma palestra fabulosa, super emocionante. Mas  fingem não ver o 
outro, quando encontra na rua, e se fecha em grupo se aliando aos negros
 que lhe interessam, expluindo os demais. Detalhe importante é quando 
solicitamos colaboração que estes mesmos 
intelectuais antirracista ignoram o outro irmão negro, não responde 
e-mail ou fingem que não veem a solicitação de colaboração. Mas durante a
 palestra ele é antirracista e cobrador da atitude alheia. Mas estes 
mesmos quando lançam um livro, publicam um artigo, ou organizam um 
evento ficam atrás destes mesmos negros que excluiu para fazerem números
 em seus eventos, ou seja prestigiarem. 
Lucas Aquino
Depois deste texto,  muitos irmãos negros(as) ficarão mais afastados(as),
 os que se afastaram 
mais afastados ainda, para evitar problemas. Como brasileiros que são 
não conseguem ouvir a verdade do que foi citado acima. Para outros eu 
sou bocuda, e ainda para outros uma
 pessoa da qual não se deve aproximar, quanto mais distante melhor. Por
 que? Uma pessoa que não vai medir as palavras para falar a verdade para
 os(as) que se dizem militantes e só militam em causa própria. Evitar 
problema e confusão, por que ainda sou problemática e confusioninsta. 
Claro que para os outros! Eu não me acho assim! 
Lucas Aquino sofreu com o racismo uefceense e foi abandonado pelos 
irmãos negros, o limite da militância e da luta foi o fórum  e a I Mesa 
de Debates. Em decorrência disto ocorreu uma audiência pública o que mostrou que o abandono ocorreu, mas a luta continuou na Assembleia Legislativa - CE. Depois ficou tudo a mercê da justiça que o colocou com réu. 
 E nós o que fizemos! nada, a audiência pública e ele fora da UFC!!!  O caso de Lucas não deu em nada! Ah! 
Esqueci, ele não é celebridade nem famoso!!!
O racismo brasileiro acabará quando o Brasil assumir ser racista e 
quando o(a) negro(a) brasileiro(a), e quando os(as) militantes 
negros(as) não tiverem como limite a exclusão do outro seu irmão negro 
e  nem se utilizar da própria desgraça do irmão negro para se promover.
Rosi Barreto
Referências
                    Estudantes da UFC realizam mesa de debate com 
temática do preconceito 
racia.<http://www.ufc.br/noticias/noticias-de-2015/7453-estudantes-da-ufc-realizam-mesa-de-debate-com-tematica-do-preconceito-racial>.
Reunião na Vice-Reitoria debate direitos humanos e combate ao racismo na
 Universidade. 
<http://www.ufc.br/noticias/noticias-de-2015/7527-reuniao-na-vice-reitoria-debate-direitos-humanos-e-combate-ao-racismo-na-universidade>.
O racismo de Fernando Pessoa. <http://www.geledes.org.br/o-racismo-de-fernando-pessoa/>
 
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