sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

ADEUS NEGROS E NEGRAS NAS UNIVERSIDADES: O BANCO MUNDIAL DETERMINA E O BRASIL FAZ!

Alegria de pobre dura pouco. Vivemos num país carrasco, racista, nação com governantes miseráveis que promovem deliberadamente a desigualdade social e o desrespeito aos direitos humanos. Festejamos o ingresso dos negros nas universidades e veremos daqui a pouco tempo a maioria deles não ingressarão mais nelas para a felicidade da elite branca que não suporta, outro lugar para os negros e negras diferente de serem serviçais. Serem apenas os soldados do capital. Vamos assistir agora os grandes empresários abocanharem o ensino universitário no Brasil. Já começaram com as determinações da Organização Mundial do Comércio e temos atuando no mercado brasileiro a DeVry (Ruy Barbosa, Área 1, UNIFACS, Fanor (Fortaleza). 

Quando estudei a história da educação brasileira e li o livro História das ideias pedagógicas no Brasil, foi fácil perceber que educação é algo que historicamente foi planejada para não dar certo. Aos brasileiros e brasileiras sempre foi permitido apenas assinar o nome e se transformarem em analfabetos funcionais para atender a um mercado trabalhista, que na atual gestão federal promulga leis escravistas. No ano de 2010, nos meus estudos de mestrado, para a minha tristeza depois das leituras entendi que os projetos de Luiz Inácio Lula da Silva nada eram senão prosseguimento dos projetos de FHC, com poucas alterações. Desacreditei da política brasileira, entendi que todos os políticos estavam no poder para se locupletarem. No ano anteriormente citado também vi que existe uma onda nas entidades internacionais afirmando que as universidades no Brasil não precisam de extensão nem pesquisa, apenas ensino, que as internacionais dão conta das pesquisas no Brasil. Nada menos do que pensar o Brasil como o quintal do mundo, e se mostra desta forma devido à atuação do povo brasileiro.

Como governantes e brasileiros não são respeitados no mundo, a desordem generalizada se estabelece a cada dia no país, a corrupção em todas as camadas sociais e a inércia da população, nos tornamos alvo fácil de quem quer  "colaborar no progresso brasileiro" Banco Mundial! Observo também que o Brasil nunca negocia em pé de igualdade com nenhum país, é um campo propício à corrupção, às negociações absurdas e punitivas para a população brasileira, por sermos uma sociedade pacífica para reagir às investidas políticas descabidas, mas não para cometer feminicídio, negricídio (extermínio da população negra), crimes de xenofobia e homofobia! 

Enfim, a mentalidade dos(as) brasileiros(as) não saiu do Brasil Colônia, ainda defendemos o retorno da ditadura militar! Muitos de nós mantém a mentalidade ancorada no passado, a mentalidade colonizada, no sentido de adorar tudo que vem da Europa e quando temos pesquisas feitas no Brasil por entidades internacionais, corroboramos com a ideia de "nossa incapacidade" de fazer pesquisa. Mais uma vez emerge a nossa baixa autoestima.
Temer adoeceu, mas se mantém firme na proposta de destruição da nação e promover a "internacionalização" do Brasil (investimento internacional com exploração da mão de obra brasileira). 

Agora o Banco Mundial, que e muito bom recomenda que a universidade pública no Brasil deve ser extinta para o governo economizar. Só não sabemos para que se todo dinheiro economizado vai para o bolso do político! Segundo este instituição, " Os gastos públicos com o ensino superior também são altamente  ineficientes, e quase 50% dos recursos poderiam ser economizados. Os gastos públicos com ensino fundamental e médio são progressivos, mas os gastos com o ensino superior são altamente regressivos. Isso indica a necessidade de introduzir o pagamento de mensalidades em universidades públicas para as famílias mais ricas e de direcionar melhor o acesso ao financiamento estudantil para o ensino superior (programa FIES)". 

Uma mão na roda, as grandes empresas que investirem em educação no Brasil ganharão do governo e doa ricos. Aí teremos a Walmart, o Grupo Pão de Açúcar, o Bradesco, Santander, Itaú e outras empresas "investindo" na educação brasileira, sob a direção dos brasileiros. Sendo assim, adeus universidades para todos no Brasil!!! A proposta não e de tudo ruim, mas  partindo de como os governantes brasileiros pensam a "igualdade" isso não dará certo.

Mas, fica a pergunta se temos de investir em educação por que o Banco Mundial se preocupa com o custo do estudante nas universidades federais? Se o ensino público federal investe mais do que as instituições privadas, as estaduais e federais? Fica a resposta para as cenas dos próximos capítulos da história da educação brasileira. Se as mentes colonizadas entenderem que uma recomendação e uma ordem!

Referências:

O globo. Banco Mundial recomenda fim da gratuidade nas universidades públicas. <https://oglobo.globo.com/economia/banco-mundial-recomenda-fim-da-gratuidade-nas-universidades-publicas-22092715#ixzz51K1DZ0HH >. Acesso em: 14 dez. 2017