Como estamos numa sociedade democrática espaço do exercício da democracia reflitamos sobre a nossa realidade enquanto cidadãos e sociedade brasileira, principalmente das instituição que devem contribuir com os direitos humanos. Não me engano quando tenho certeza da polêmica que se dará depois da postagem, o brasileiro é extremista, tudo aqui se agudiza: a corrupção, a homofobia, o desrespeito religioso à umbanda e candomblé, o racismo enfim! Mesmo sendo grosseira a comparação somos o EB (Estado Brasileiro) mesmo xiitismo do EI (Estado islâmico). Só que no nosso caso sem sentido e muitas das vezes em noção. Ou não, as pessoas preferem empurrar com a barriga e dizer que não viram, não ouviram nada. Simplesmente passa por cima. Isto é democrático. Ignora, para não mexer na ferida!
Veja que o Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão, mas ela permanece ainda na mentalidade da sociedade brasileira. Na UFC, UFBA, UFRJ, USP, no Brasil tem racismo, um dos mais agressivos. Sobre a postagem: Como o que é bom para os EUA é bom para o Brasil aqui também se executa negros cotidianamente e muitos deles inocentes. E mesmo que não seja, todas as pessoas devem ficar à disposição da justiça, não executadas sumariamente.
Quantos negros e negras são executados física e socialmente todos os dias no Brasil democrático sendo inocentes? Nem todo negro é bandido, contrário do que a sociedade brasileira acredita. Exemplo: 5 jovens executados com 111 tiros, eram negros. E as pessoas não se revoltam, são poucas as manifestações contrárias ao extermínio da população negra, inclusive do movimento negro.
No ato cívico do 2 de Julho em Salvador, grupos de gays se solidarizam com Orlando e os gay mortos no brasil? As mulheres falam contra a cultura do estupro, menos contra o extermínio da população negra em Salvador. Pelo menos a mídia não noticiou.
Quando isto acabará se sabemos que somos os preferidos para a discriminação e abordagem seguida de morte? Quer dizer que ainda no terceiro milênio a teoria de Nina Rodrigues está em pleno exercício. E temos um Estado que permite tal barbaridade e o Estado que se propala como democrático. Poderia ser bom para o Brasil o que é bom para os EUA, mas nos EUA vemos negros(as) em muitos setores da sociedade, porque o Brasil não copia isto? Por que somos contra as cotas. Muitos brasileiros negros nunca serão beneficiados pelas cotas, a lei cerceia o(a) negro(a) mesmo quando faz uma lei que seria para corrigir o desrespeito histórico do Brasil com a população negra brasileira. Ainda festejamos no Brasil, em pleno terceiro milênio o primeiro negro(a) isto ou aquilo.
Corremos risco com a polícia, com as instituições, com o Estado, com a justiça. corremos risco e precisamos mais do que nunca reagirmos. Mas, como? A individualidade, o egoísmo, a cordialidade, o fingimento, a convivência cotidiana com a impunidade e violência. Também insistimos em convencer o outro de que estamos certos sempre e não desistimos nunca, mas existem momentos em que precisamos desistir, enfim a brasilidade nos paralisa.
Bom dia!
Rosi Barreto
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