terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

UMA EXPERIẼNCIA DE DESCOBERTA DO CARÁTER NACIONAL BRASILEIRO

Este texto vai para complementar o comentário do professor Roberto Xavier e outro do excelentíssimo Professor Rogério Santana. Bravos professores! Tocaram em pontos cruciais e importantíssimos que se tivermos coragem de descortinar o caráter nacional brasileiro em que estamos envolvtos e não sentimos, poderemos salvar o Brasil sim!

"Estamos tentando mexer com os brios de um povo maltratado! Por esperança é sim. Se for NÃO já desistimos do Brasil!!" (Rogério Santana). Infelizmente somos filhos do maltrato e muitas das vezes não conseguimos nos desvencilhar disto: Por exemplo: votamos em Collor e em todos os outros políticos ladrões que estão no poder para retirar cada vez mais os nossos direitos. Enfim: Brasileiro não desiste nunca, nem quando erra. Faz questão de não ver o óbvio, quer sempre convencer o outro que está certo mesmo quando está errado. Não gosta de ouvir críticas e se recusa a fazer autoavaliação para melhorar, além disto leva tudo para o lado pessoal. Tem tendências cartelistas fazendo grupinho onde outros não podem participar. Por esta razão muitas de nossas lutas são inglórias. Nestes grupos todos temos razão e terminamos nas brigas insanas que não nos leva a lugar nenhum.

" O fato é que nossa fôrma de pensar e forma de agir nos acorrenta ao Mourão do curral, ao engenho, a capela e a casa-grande da Fazenda. Ainda necessitamos de um São Sebastião, um monarca ou um oligarquia para salvar a nossa deserdada pátria amada. Ainda somos uns "desterrados Em nossa própria terra". Nossa barco continua à deriva e nossa Res continua sem Pública. Eis aí onde reside o hercúleo esforço politico-juridico-midiático para a manutenção unissona de nosso analfabetismo político." (Roberto Xavier)

A educação de qualidade é a nossa salvação! Toda a sua fala revela o quanto a maioria da população está atada à escravidão mental, à alienação mesmo alguns intelectuais. Antônio Drauzio Varella, é um médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo, na qual foi aprovado em 2° lugar, conhecido por popularizar a medicina no Brasil, através de programas de rádio e TV. Este cidadão brasileiro renomado se presta a tal papel. Ser pago para fazer uma campanha do governo federal, conscientizando as pessoas a combaterem o mosquito Aedes Aegypti, e diz que: - Um mosquito não pode derrotar o país inteiro. Ok! Mesmo que todos os brasileiros moradores das periferias, que não recebem o serviço adequado na distribuição de água em suas residências cubram os suas panelas, baldes e reservatórios. Mesmo que os moradores dos centros das cidades que têm o abastecimento normal troquem todos os dias a água das suas plantas. Ainda temos mais de 70% do esgoto brasileiro a céu aberto, será que o mosquito só acertará a casa de quem tem uma panela destampada? Por que o mesmo médico em seu programa não faz uma campanha pelo abastecimento de água normal para todos e cobertura dos esgotos a céu aberto?  Assim o Aedes não estaria causando desde o ano de 1911 dengue, e na sequência: zika, chikungunya, e agora a febre amarela. Esta é a forma de agir do renomado médico!

Ainda delegamos aos políticos o que precisamos, depois de eleitos, nunca mais olhamos o que o senador, deputado federal ou estadual e vereadores estão fazendo. Tomamos de assalto as barbaridades que eles fazem em nome do que dizem ser democracia. Democracia? Como? Democracia que permite extermínio de um grupo social, democracia que dá direito a um PM-BA pensar que pode agredir fisicamente uma pessoa por que quis, como disse capitão Bruno  e como fez o PM do vídeo abaixo, por que quis! Na época da ditadura só era preso o subversivo e na democracia é o pobre, preto e favelado o inimigo número um do Estado. E nós politizados ficamos inertes assistindo a tantos absurdos e ainda dizemos que existe democracia por que vamos a cada dois anos votar nos mesmos.





 Ainda sobre a "plasticidade" e "cordialidade", ambas passeiam juntas. Uma certa feita estava numa festa de formatura. Cada pessoa que chegava era uma alegria, uma beijação e um abraçamento generalizado e todos muito alegres sorrindo. Ao meu lado alguns italianos. Um deles comentou com os que o acompanhava: - Não sei por que eles se abraçam e se beijam tanto. Eu na minha santa "plasticidade/cordialidade", achei um absurdo este comentário. E pensei com os meus botões. Eles não entendem que somos amigos. A minha avózinha dizia para mim quando eu falava de meus amigos. Vc não tem amigos. Eu também na minha santa "plasticidade/cordialidade" não compreendi. Novamente imbuída do caráter nacional brasileiro imaginava: Se todos eram tão amigos, me tratavam tão bem, éramos felizes juntos, íamos para festas como não eram meus amigos? Mas, com o tempo aqueles que eu dizia amigos forma se afastando, por nada e eu ficava sem entender. Se a pessoa falava comigo, sorria por que fingia que não me via, tratava-me com frieza depois. Não entendia! Ficava decepcionada se eu não tinha feito nada para a pessoa?!?!?!

Enfim, fui aprovada para o mestrado, Logo vi alguns olhares de amigos decepcionados com o meu sucesso, não entendi. Comecei a estudar era uma felicidade só. Com o tempo e alguns posicionamentos contrários vi aqueles amigos se afastarem e me isolarem (na própria linha de pesquisa que concluí o doutorado). Continuei sem entender! Até que um dia fui estudar uma disciplina fabulosa que todos os estudantes deveriam fazer: O público e o privado com a docente Sonia Barreto. Ali eu entendi tudo o que não percebia antes, por que não entendia o caráter nacional brasileiro. Enfim, nasci com um "defeito", não consigo ser "plástica" nem "cordial", eu falo o que sinto e não consigo fingir, logo sou uma discrepância no caráter nacional. E quem é as vezes como eu antigamente não entendia a mudança abrupta das pessoas.

Agora quando vejo uma pessoa dizendo que faz e acontece só assisto, espero por que sei que não vai dar em nada. Aí reside o "fogo de palha" como também dizia a minha avó. As pessoas falam, falam e no final! Não fazem nada!!!! Por esta razão como bem diz o nosso professor Roberto Xavier "Ainda necessitamos de um São Sebastião, um monarca ou um oligarquia para salvar a nossa deserdada pátria amada. " Mas, ainda precisamos de Cristo para não morrermos mais, por que ele vem nos salvar no dia do juízo final, além do mundo estar no domínio do inimigo. A religião e nome da alienação e da ascensão dos políticos evangélicos.  Mas no carnaval, para cair na folia o evangélico pode, assim como se envolver com falcatrua política.

No vídeo abaixo os evangélicos  tanto estão no carnaval, quanto dançam o afro e o samba reggae, ainda mais na Bahia vendem acarajé como bolinho de Jesus e praticam também a capoeira de Jesus!





 
Professor Rogê Santana, não desistirmos do Brasil é deixar de lado a "cordialidade" e a "plasticidade" que como caráter nacional pega a todos na nossa sociedade, políticos, intelectuais, moradores das favelas, lideranças dos movimentos sociais até o morador dos confins do Brasil. É deixar de fingir ser o que não somos. Por que desta forma não seremos a vergonha alheia! 

Rosi Barreto!
Boa Leitura!
Obrigada por visitar o blogue

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