DE
RACISMO A FEITIÇARIA, GOLEIRO EX-FLA PASSA POR AVENTURAS NA ÁFRICA
DO SUL
Rosivalda
dos Santos Barreto1
A
princípio informarei que o título desse escrito não é de minha
autoria e sim de uma manchete do Globo Esporte disponível na
internet2.
O objetivo do texto é mostrar que quando nos colocamos diante da
cultura alheia com a mentalidade ocidentalizada, alienada e racista,
intuindo de que a nossa é melhor, corremos o risco de cometer erros
grotescos como o do jogador Getúlio Vargas. O que fica explícito na
fala do jogador é uma mentalidade alienada e racista subconsciente
antinegro e anti-africana. Escreverei fazendo uma análise breve a
partir da fala do jogador e do redator da coluna.
A
matéria é sobre esporte, mas quando pensei em escrever sobre ela
foi para explicitar que o racismo brasileiro se manifesta em todas as
coisas e lugares. Vejamos o título da matéria: De
racismo a feitiçaria, goleiro ex-Fla passa por aventuras na África
do Sul, fica dez meses no Orlando
Pirates
e lembra que time deixou de treinar três dias por causa de funerais:
‘Eles são amadores no futebol’.
A manchete é extremamente racista trata a forma de entender o mundo
do time sul-africano por via do sagrado como feitiçaria. A matéria
descreve que o jogador passa por aventura na África do Sul, parece
que jogar na Europa também não é uma aventura, uma experiência
fora do país natal. Na Eurocopa os jogadores negros forma advertidos
a não levarem os seus familiares por causa do racismo. Quer dizer
que jogar na África é uma aventura não um trabalho. Muitas vezes
lemos esse tipo de título sem analisar as mensagens racistas
subliminares e se aceita a fala de uma pessoa dessa pelo estado de
alienação letárgico em que se vive. ‘De Racismo à
Feitiçaria...’ Onde está o racismo na prática dos zulus ou na
interpretação do goleiro Getúlio Vargas sobre o modo
vivendis
dos sul-africanos? E assim assina-se em baixo de falas vazias como
essas. Vejamos abaixo as narrativas do jogador. Elas estarão sempre
em itálico e em negrito para serem diferenciadas do texto que
escrevo.
“Um
exemplo disso foi que perdemos três treinos na semana antes da
partida decisiva pela Liga dos Campeões da África por conta de
funerais de funcionários e ex-jogadores”.
No Brasil convivemos com tantas barbaridades, crimes hediondos no
nosso cotidiano que perdemos a noção de que a vida tem valor. Aqui
se mata por qualquer coisa e não há punição. Para o jogador
brasileiro as vidas de funcionários e ex-jogadores que contribuíram
no plano físico não têm importância, tem menos valor que um
treino, no seu modo de pensar deve existir amor ao treino e não á
vida nem à pessoa. Ele enfatiza perdemos ‘três treinos’ e as
vidas, e pessoas não perdemos? No pensamento africano tradicional e
em muitas populações africanas na atualidade e na religião de
matriz africana entendemos a vida em dois planos o físico e visível
e invisível. No mundo visível temos as pessoas e no invisível os
ancestrais que são o alicerce das populações africanas e
protetores. Na África os funerais são importantíssimos, são
rituais reverenciadores do morto é o rito de passagem de um plano de
vida para outro, no caso das pessoas mais velhas. É o momento de
agradecer e festejar as contribuições e importância daquela pessoa
para cada povo. Isso está longe da compreensão do jogador que só
conhece o treino. Em nossa sociedade apenas as celebridades são
dignas de rituais e comoção como se as demais pessoas não fossem
importantes.
Na
Guiné-Bissau quando uma pessoa velha morre existe um ritual chamado
desgosto. Nesse ritual se sacrifica até um boi e oferece-se a todas
as pessoas vizinhas e familiares ou não. Nesse sentido podemos
entender por que no período escravocrata os africanos foram
violentados por não terem o direito de sepultar os seus mortos. No
caso dos povos indígenas brasileiros proibidos de digerirem os seus
mortos em ritos fúnebres. Rituais antropofágicos “selvagens”
para as mentes colonizadas. Nesse sentido os rituais são importantes
e vão além dos interesses capitalistas. A pessoa é um ente que
morre não um pedaço de carne morta pronta para ser sepultada,
cremada por preços exorbitantes de acordo com os planos funerários
oferecidos nos grandes cemitérios.
Outro
ponto fundamental é que a África não precisa de futebol para dizer
ser a melhor do mundo. Quem precisa do esporte fazer autoapologia é
o Brasil. Deveríamos nos sentir felizes se tivéssemos a melhor
saúde, educação, distribuição de renda igualitária, justiça
social, penalidade para políticos que cometem improbidade pública e
crime contra o tesouro nacional e contra os bolsos dos contribuintes.
De que vale ser o melhor no futebol e o pior em justiça social?
“Assistiu
a intromissão do dono do clube na escalação [...], se impressionou
com os feiticeiros que cada clube tem na comissão técnica.”
Interessante ninguém se impressiona quando o Papa visita países,
diz que é contra o aborto e o uso do preservativo. Quando a igreja
católica afirmou que negro e africano não tinham alma e por isso
poderia ser cometido o crime da escravidão em massa dos africanos e
afrodescendentes. Ninguém se impressiona com o desrespeito dirigido
às pessoas que são professas do Candomblé ou Umbanda, quando os
pastores evangélicos cometem crimes contra a população das
religiões de matriz africana. A exemplo: “A
Câmara Municipal de Piracicaba/SP, por unanimidade, com o apoio dos
vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR, PMDB,
PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio
Trevisan (PR). Comentários em Piracicaba, informam que o referido
PL. é parte de um MOVIMENTO chamado “ALIANÇA PARA A SUPREMACIA
CRISTÔ, que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades
do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito,
encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados
federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são
mantidos no anonimato.”
Na
religião tradicional africana não temos feiticeiros e sim
sacerdotes. Até por que a palavra feitiço não existe nas línguas
africanas, chegou ao continente com os invasores europeus, o que nos
remete a dizer que feiticeiros eram os europeus. Os africanos
utilizavam a sua prática religiosa para o equilíbrio do grupo.
A
democracia é o respeito à opinião de todas as pessoas em decisões
importantes e isso é um exercício africano. Os anciãos formavam um
conselho para decidir junto com a população as tomadas de decisões
importantes, essa intromissão, dita pelo jogador é exercício da
democracia. No nosso caso quem se intromete são os patrocinadores
por que estão pagando às equipes e apostam nos lucros e na
alienação do povo que com isso vai comprar mais camisetas,
chuteiras usadas pelos craques e bolas fabricadas pela Nike, Penalty,
Dalponte, Miltre Tensile, Adidas, Puma, Umbro, Hummel, além dos
jogos eletrônicos da FIFA. Na nossa democracia a opinião da
população no país democrático não é levada a sério quando se
trata de escalação de nenhum time.
“Também
ainda senti muito a questão da segregação. Isso me incomodou
bastante. Acontecia dentro do próprio elenco. Existem divisões
entre os próprios negros também. Isso porque são oito tribos e os
zulus acham que são superiores aos demais”.
Curioso é que esse jogador vive num país racista, com grandes
índices de pobreza da maioria da população que é negra e o
racismo institucionalizado equaciona desde a moradia até os
serviços, devido ao racismo à brasileira. Os brancos no Brasil se
sentem melhores que os negros isso está explicito nos livros
didáticos, na mídia, nos empregos de maiores prestígios, nas
recepções de muitas empresas, pessoas ainda são discriminadas por
causa do cabelo e tem de alisá-los para conseguir empregos. As
equipes de futebol voleibol, basquetebol equipes de pilotos de
Fórmula 1, nadadores, tenistas em sua minoria são negros, deveria
ser diferente porque no Brasil a maioria da população é negra, por
que não é maioria nos locais de prestígio. Mais curioso é que ele
saiu do Brasil, o país mais racista do mundo, não percebeu que nos
locais onde ele transita não vê negros e só viu segregação, só,
na África do Sul! Pior ainda, vê os africanos como povos tribais,
denominação antropológica do início do século XIX.
“Nossa
diretoria leva essa rivalidade tão a sério que só podemos
enfrentá-los no Soccer City, quando o mando de campo é nosso.
Quando jogamos no Ellis Park sempre perdíamos. Ninguém do Pirates
pode aparecer vestido de amarelo e preto, são cores do Chiefs. Lá
do outro lado é a mesma coisa, ninguém usa preto e branco.”
Esse jogador esquece que no Brasil quando ocorrem os clássicos
acontecem mortes brigas intensas, não são provocadas pelas
diretorias dos times, mas a violência acontece, será assim também
na África do Sul, será que essa rivalidade extrapola o campo de
futebol como no Brasil?
“Cada
time tem um ou dois feiticeiros. O nosso prepara um líquido vermelho
antes de cada jogo e molha todas as camisas dos jogadores antes de
vestirem. Além disso, somos proibidos de trocar as camisas depois
das partidas. É a mesma coisa da primeira até a última rodada.”
No Brasil celebramos missa, tomamos banhos de folhas escondido por
causa do racismo antinegro, oferecemos camisas a santos padroeiros
para que o time ganhe como vi várias no museu de Pe. Cícero em
Juazeiro no Norte, inclusive autografadas. Todas as pessoas possuem
energias, e elas devem ser direcionadas, as camisas utilizadas pelos
jogadores estão envolta das energias de cada jogador por isso deve
permanecer com eles. No pensamento africano tudo é energia, e força
emanada do divino, o que chamamos de axé. Mas as mentes
ocidentalizadas crêem no “ser ou não ser”, não conhecem
situações intermediárias, têm o pensamento voltado para o
positivismo.
“O
Benni McCarthy era o meu grande amigo no elenco do Orlando Pirates.
Ele e Joseph Moeneeb, outro goleiro do time. Benni falava a minha
língua (ele jogou no Porto) e tinha a cabeça aberta, por ter atuado
na Europa. Ficava mais comigo por perceber que os outros não se
enturmavam. Ele estava bem gordinho, fora de forma, mas é um bom
jogador diferenciado, fora de série. Mesmo com todo o problema de
peso, ele fazia a diferença para o Pirates”.
Para
Getúlio só se abre a cabeça indo jogar na Europa, ele esqueceu que
com essa afirmação acusa-se de mente fechada caso não tivesse ido
para jogar na Europa. O problema é que devemos ter a mente aberta
para entender a cultura do outro, no caso do jogador isso não se
aplica a entender e respeitar a cultura e modo de vida africana. Com
o seu relato admite que teria a mente fechada se não tivesse ido
jogar na Europa. Acusa os sul-africanos de serem fechados, quem se
abre para pessoas racistas que não respeitam a cultura e modo de
vida local? Expressa outro preconceito quando diz que o jogador está
gordinho, mas é diferenciado, mas faz diferença no time? Por que
diferenciado, por ter atuado na Europa?
“A
demissão de Julio Cesar Leal foi uma surpresa para todos. O trabalho
dele estava ótimo lá. Tinha conquistado dois títulos e estava em
segundo lugar no campeonato. O problema começou com o dono do time
se intrometendo na escalação do time para o jogo de volta pela Liga
dos Campeões da África. O Julio não gostou e depois disso o time
acabou eliminado. A demissão entrou na conta dessa eliminação.”
Primeira pergunta, o Julio jogou sozinho no time? Tem times na Europa
que o dono também se intromete. Jogadores brasileiros negros são
chamados de macaco, recebem cascas de banana de presente da torcida
européia e nem por isso pedem demissão nem ficam traumatizados.
“Cheguei
em um momento que não estava mais feliz. Não agüentava mais a
bagunça do clube e pedi pra ir embora. As coisas ficaram ainda
piores depois da saída do Julio Leal, que me levou para lá”.
Interessante Ronaldinho leva mulheres para a concentração do
Flamengo e o mesmo clube está devendo 4 meses de salário para o
mesmo jogador, é um time organizado? O problema é que o Getúlio
Vargas, nosso jogador brasileiro estava na África do Sul pela
presença do seu colega Julio Cesar. Dessa forma fica explicado por
que os jogadores sul-africanos não se enturmavam.
No
subtítulo Títulos da equipe. “Nesse
ano que fiquei na África do Sul conquistamos três títulos. A MTN
Cup (seis primeiros colocados da PSL e mais o campeão e o vice do
ano anterior da MTN), a Telcom Cup (dez primeiros colocados do ano
anterior da PSL) e a PSL (Campeão Africano). Conquistamos novamente
a vaga para a Liga dos Campeões da África. Mas o projeto inicial de
formar um time forte, com três estrangeiros, foi desfeito com a
saída do Julio Cesar Leal”.
Colonização européia foi um caos, um desastre e um crime contra o
continente africano e para as Américas. Quem disse que time forte só
se faz cm jogadores estrangeiros? A colonização deixou de ser
territorial e se tornou mais letal ainda quando se transforma em
colonização mental, essa atua no nosso subconsciente e nos deixa
numa condição psíquica de baixa autoestima diante de um país
europeu mesmo que seja mais pobre do que o nosso. Por que na Europa
também existe fome e pobreza. A pobreza é uma construção do
capitalismo assim como o racismo. Quando se contrata jogadores é por
serem bons e não por serem estrangeiros.
As
sociedades africanas são complexas e fogem ao entendimento
ocidental. É difícil chegar ao centro da complexidade
principalmente com a mentalidade colonizada, alienada e
europocentrada. Mas, contudo o jogador pode aprender alguma coisa. “O
fornecedor do clube organiza uma campanha para levar o time ao melhor
colégio da África do Sul para um dia de atividades entre jogadores
e os alunos. Nos surpreendemos quando chegamos em Limpopo, um
subúrbio muito pobre de Joanesburgo. Fomos a um colégio que não
tinha estrutura alguma para os alunos estudarem. Faltava salas,
quadros, carteiras. As aulas eram ao ar livre. E mesmo assim o
colégio teve uma aprovação de superior a 90% de acordo com o
sistema nacional africano. Foi uma grande lição de vida. Valeu
muito a pena ter participado e foi um dos grandes momentos que vivi
na África do Sul. Serviu para tirar várias lições para a vida
inteira.Queria ter tido a oportunidade de levar meus filhos lá
depois, mas acabei não conseguindo.”
Esse jogador vive fora da realidade, no Brasil vivemos essa situação
desde o Brasil colônia, a educação é o último interesse
político, vivemos greves graves e intensas dos profissionais da
educação do nível superior, fundamental e médio. No ENEM as notas
são baixíssimas nenhuma escola no Brasil consegue a média 10. Por
que o jogador não teve a oportunidade de levar os filhos depois?
Pensemos, não estaria ganhando um bom salário no Brasil? Ou teria
outro motivo?
“A
organização e o nível do futebol brasileiro são outros e chegou a
hora de voltar para casa. Ter essa rotina de concentração com
brasileiros, falando português, e podendo jogar tendo amigos e
familiares acompanhando tudo de perto. Lá fora ficamos um pouco
isolados.”
O isolamento dos jogadores fora é um fator comum, por que os
jogadores africanos que tinham de se enturmarem? Na verdade a cultura
é um fator importante para a adaptação de qualquer pessoa fora de
seu habitat,
mas
uma coisa importante é chegarmos em qualquer lugar que seja e
entender a cosmovisão do outro e respeitar a diversidade dos povos.
Deixo
como mensagem esse reggae de Lucky Dube para uma boa reflexão!
Cores
diferente / um povo
Quebrar
aquelas barreiras
No mundo todo
Não foi fácil
Ontem você estava de boca calada
Não podia emitir som algum
Mas hoje a sensação é tão boa
Quando posso ouvi-los
Do outro lado do oceano cantando essa música
Que o mundo todo devia estar cantando
O tempo todo
(Refrão 3x)
Nós temos...
Cores diferente / um povo
Cores diferente / um povo
Ei, vocês aí do governo
Nunca tentem separar o povo
Ei, vocês, políticos
Nunca tentem separar o povo
Eles foram criados com a imagem de Deus
E quem são vocês para separá-los
A bíblia diz que ele criou o homem com sua imagem
Mas não dizia se era preto ou branco
Olhe para mim e você verá o preto
Eu olho para você e vejo o branco
Agora é a hora de deixar isso pra lá
E se unir a mim na canção
(Refrão 3x)
Ei, vocês, políticos
Nunca tentem separar o povo
Ei, vocês, homens, vocês, homens
Nunca tentem separar o povo
Alguns eram dos EUA
Nós éramos da África do Sul
Alguns eram do Japão
Nós éramos da China
Alguns eram da Austrália
Nós éramos do Reino Unido
Alguns eram de Zimbábue
Nós éramos de Gana
Alguns eram da Jamaica
Nós éramos da Rússia
Alguns eram de Aha-ha-ha
Nós éramos de Uhu-hu-hu
No mundo todo
Não foi fácil
Ontem você estava de boca calada
Não podia emitir som algum
Mas hoje a sensação é tão boa
Quando posso ouvi-los
Do outro lado do oceano cantando essa música
Que o mundo todo devia estar cantando
O tempo todo
(Refrão 3x)
Nós temos...
Cores diferente / um povo
Cores diferente / um povo
Ei, vocês aí do governo
Nunca tentem separar o povo
Ei, vocês, políticos
Nunca tentem separar o povo
Eles foram criados com a imagem de Deus
E quem são vocês para separá-los
A bíblia diz que ele criou o homem com sua imagem
Mas não dizia se era preto ou branco
Olhe para mim e você verá o preto
Eu olho para você e vejo o branco
Agora é a hora de deixar isso pra lá
E se unir a mim na canção
(Refrão 3x)
Ei, vocês, políticos
Nunca tentem separar o povo
Ei, vocês, homens, vocês, homens
Nunca tentem separar o povo
Alguns eram dos EUA
Nós éramos da África do Sul
Alguns eram do Japão
Nós éramos da China
Alguns eram da Austrália
Nós éramos do Reino Unido
Alguns eram de Zimbábue
Nós éramos de Gana
Alguns eram da Jamaica
Nós éramos da Rússia
Alguns eram de Aha-ha-ha
Nós éramos de Uhu-hu-hu
Obrigada por me darem a oportunidade de ler esse meu escrito!
Referência bibliográfica
em formato eletrônico
PEIXOTO, Eduardo.
De racismo a feitiçaria, goleiro ex-Fla passa por aventuras na
África do Sul. Matéria
disponível em:
<http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/05/de-racismo-feiticaria-goleiro-ex-fla-passa-por-aventuras-na-africa-do-sul.html>.Rio
de Janeiro. Mai, 2012. Acesso em: 30 mai.2012.
DUBE, Lucky. Different Colours. Disponível em: <http:// www.vagalume.com .br/lucky-dube/different-coloursone-people-traducao.html>. Acesso em: 30 Mai. 2012.
1
Doutoranda em Educação
Brasileira. Faculdade de Educação da Universidade Federal do
Ceará. Linha de Pesquisa: Movimentos Sociais Educação Popular e
Escola. Eixo Temático: Sociopoética, Cultura e Relações
Étnico-raciais. Agência de fomento CAPES/PROPAG.
2
Link onde está
disponível o texto < http://m.glob
oesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/05/de-racismo-
feiticaria-goleiro-ex-fla-passa-por-aventuras-
na-africa-do-sul.html>.
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